O budismo ensina que a forma é o vazio e o vazio é a forma. A natureza vazia dos fenómenos não significa que nada exista e que toda a realidade seja ilusória, isso seria uma visão niilista do mundo. O vazio explica-se pela falta de características intrínsecas. Cada fenómeno, cada objecto, cada ser é destiituído de uma identidade intrínseca. A forma é a apreensão de um conjunto de factores interdependentes. Por exemplo, uma borboleta que pese 5 gramas no planeta Terra e tenha várias cores debaixo da luz solar; num outro contexto, sob outras condições terá outras características (à noite ela será cinzenta e dentro de água pesará muito menos, por exemplo). Assim, a forma de uma borboleta é o vazio de características intrínsecas e o vazio destas características constitui a sua forma. A concepção do vazio, no contexto budista, deve ser entendida em termos de 'dependência'. Entendido deste modo, o vazio cria uma abertura para o infinito de possibilidades.
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