Sábado, 21 de Março de 2009

dor amor

 

um luto dói muito.
dois lutos dóem mais do que aquilo que consigo aguentar

HOJE - o inesperado, vindo do nada... um amor perdido, um luto a fazer
mais um... e só consigo chorar  e ...

... arrancar o coração do peito para acabar com esta dor.


o primeiro luto - o meu pai
o outro luto - um amor perdido - o amor da minha vida

tenho o coração e a alma desfeitas...
sofro mais do que consigo aguentar!!!

o mês de Março, dia do pai e o início da Primavera deviam ser arrancados do calendário

estejam onde estiverem -tu amor bom e tu, papá - eu amo-vos muito e amar-vos-ei SEMPRE.
Daqui envio-vos paz, serenidade, felicidade, protecção e o desejo de que sintam AMOR puro e verdadeiro nas vossas novas vidas, AMOR tão puro e intenso quanto o que eu sinto

amo-te papá
amo-te ... meu amor bom

música: the storya - Brandi Carlisle
sinto-me: destruída,traída pelo universo
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publicado por Isabel às 18:16
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3 comentários:
De Anónimo a 21 de Março de 2009 às 19:30
Quando eu era criança, nunca conseguia compreender alguns finais de filmes melodramáticos. Quando uma personagem dizia "eu amo-te muito, mas não podemos ficar juntos", "és o amor da minha vida, mas os nossos caminhos não se vão unir", todas essas frases trágicas me pareciam incompreensíveis e absurdas. Já é tão difícil termos esta certeza, de que encontrámos alguém com quem queremos passar o resto da vida, é tão improvável sermos correspondidos num amor intenso e puro, que ignorar a possibilidade de se ser feliz não faz sentido.

Quando era criança e via estes filmes, estas cenas finais, em que os dois protagonistas se despedem e choram o amor que um deles decidiu não abraçar, ficava comovido e assustado. Tentava consolar-me com o facto de aquilo ser um filme, esperando que na vida real as pessoas escolhessem sempre a felicidade ao melodrama.

Cresci, apaixonei-me, desiludi-me, tive o coração partido e feliz, conheci pessoas com quem me relacionei e outras que não corresponderam os meus sentimentos. Mas continuo a não perceber esta atitude que, agora sei, não acontece só nos filmes.

Parece-me que algumas pessoas, quando confrontadas com a possibilidade de ser feliz, querem transformar a escolha e o caminho da felicidade numa eterna possibilidade. É como se preferissem transformar a realidade num sonho - o oposto do que seria desejável. Assim, podem viver, no seu quotidiano cheio de pequenas e grandes infelicidades, a pensar num horizonte que colocaram distante de si, um horizonte onde seriam felizes e onde os espera um grande amor.

Será uma forma de resistirem ao risco? Será que têm tanto medo de se desiludirem que ficam bloqueadas? Será que preferem sonhar com a felicidade, por hábito ou falta de coragem,.em vez do esforço e da dificuldade de a construir? Será que preferem queixar-se que a vida é ingrata e injusta, em vez de aproveitarem as ofertas da sua generosidade?

Eu, em algumas coisas, ainda sou aquela criança, assombrada assombrada com a decisão de abandonar o amor e a felicidade, para transformar o amor numa memória que se acarinha, num sonho a que se recorre, quando o cinzento das nossas escolhas é difícil de suportar.

Acredito que todas as pessoas podem ser felizes. Umas passam mais por dificuldades que as outras. Há pessoas que têm uma vida com imenso sofrimento. Outras não têm de lutar tanto pela estabilidade, pela segurança ou pelo conforto. Mas todos temos de enfrentar as nossas próprias dificuldades. Por mais fácil ou mais difícil que sejam o conjunto de escolhas que temos à nossas frente, é inteiramente nossa a responsabilidade de assumir a nossa própria vida.

É muito estranho quando alguém, ao vislumbrar um futuro de felicidade e amor ao lado de uma pessoa, fica presa no momento presente, preferindo agarrar-se à fiabilidade do seu percurso e do seu passado, por mais conflituoso ou triste que seja.

Os anglo-saxónicos dizem "it's better the devil you know" e nós portugueses dizemos "enquanto o pau vai e vem folgam as costas". Talvez seja mesmo uma tendência humana a de preferir a estabilidade do sofrimento que já conhecemos em vez dom desconhecido - onde há a possibilidade de se ser feliz. Não sei se é falta de coragem ou se é uma mórbida herança judaico-cristã que nos leva a assumir o sacrifício pelo sacrifício, mesmo se ele não é oferecido pelo bem de alguém ou suportado por amor.

Talvez o sofrimento futuro, potencial e desconhecido, nos assuste mais que o sofrimento presente, a que já nos habituámos. Mas se escolhemos sempre não arriscar a felicidade, estamos a sentenciar-nos ao sofrimento e a negar-nos a sua superação. Acredito que o sofrimento é inevitável, é real. Mas a nossa vocação é compreendê-lo, aceitá-lo e apaziguarmo-nos com ele precisamente para o superar.

Desejo-te toda a felicidade do mundo. E que este sofrimento e actual passe, como passam todas as coisas más. Também a ti te desejo que escolhas a felicidade. Mesmo se tiveres que repensar o teu futuro próximo. Nem sempre as pessoas que amamos tomam as melhores decisões. Mas a vida é generosa e renova-se a cada instante. Sou, ainda criança, uma pessoa que continua, mesmo assim, à espera que as pessoas escolham o melhor para si, mesmo que lutem contra essa decisão por muito tempo.

Abraço cheio de luz.
De nuno a 24 de Março de 2009 às 22:28
Minha amiga, não te deixes levar pelo desânimo. Muitas vezes as coisas boas exigem a nossa paciência. Só perdemos o amor que deixarmos de ter pelos outros. Ama, portanto, porque é assim que transformas o sofrimento em felicidade.

Tal como nos contos de fadas, em que há provações e dificuldades a separar quem se ama, também na vida, por vezes, o caminho é mais longo e espinhoso do que desejamos. Isso só o torna mais precioso e vital.

O tempo que agora te parece pesado e lento, no futuro que o amor vai preparando, será o percurso de uma história de amor bela e com fundamentos sólidos. Estás a viver o que a memória, mais tarde, te lembrará como o caminho até o que és. Acolhe e aceita, pois é a vida que se te oferece, plena e difícil, verdadeira e sábia.

A tua felicidade também é um pouco a minha felicidade, pois a amizade me faz partilhar as tuas emoções. Por isso rezo para que o amor que encontraste seja o amor da tua vida.

Abraço amigo.
De Shirlei a 29 de Setembro de 2009 às 14:21
Eu estava precisando ler algo assim, justamente hoje...
Já é um bom alento ao que estou vivendo, notar que não estou errando ou sonhando demais com o que a vida pode oferecer... Por momentos, cheguei a pensar que a vida teria que ser só isto mesmo: dificuldades, medo da felicidade... Quase entreguei-me a crenças deste tipo quando mesmo diante de tantas alegrias, o amor não florescia, apesar de sempre plantado... Até que um dia, no mais inesperado, passei a vivenciar o que nunca tinha vivido antes, sentir o que nunca senti.. E então pensei: chegou a minha vez!
Mas as dificuldades vieram e pararam quem amo.
Senti-me um pouco perdida...
Mas maior que tudo isto é a Vida...
E busquei me encontrar, pra voltar a sorrir...
Quanto menos compreendo o que vivo, mais dificil torna-se, por isso busco compreensão e desapego, no sentido de deixar viver, sem criar mágoa por isto.
Este texto me fez bem...
E sei que muito mais coisas pela frente me farão o bem que peço pra conseguir melhorar.
Gratíssima!

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